13 de abril de 2004

LIVRO DE CABECEIRA
No meio da minha fúria oitocentista (leia-se, investigar o século XIX para tentar perceber o que diabo está a acontecer ao Portugal do início do XXI) tenho à cabeceira da cama, as cartas de Isabel, Condessa de Rio Maior, aos filhos, reunida e devidamente apresentada por Maria Filomena Mónica. Todas as noites mergulho nas (múltiplas) preocupações da senhora. Que, por sinal, vão desde os exames que o filho tem de fazer na Universidade de Coimbra, às pastilhas para a tosse e à forma como se conduzem os políticos que não passam para a maioria de nós de nomes de ruas e liceus. Observar de perto o universo desta mulher que sabia mais do que a maioria dos que rodeavam e que só levanta os pés da terra nos seus exageros de progenitora, ajudam-me a reconstituir o puzzle.

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